Os últimos anos têm sido marcados pelo esvaziamento do Plano Nacional de Educação (Lei n° 13.005/2014), o sufocamento do financiamento educacional e a promoção de propostas e políticas de forte caráter conservador.
Entre as prioridades do atual governo federal no que tange à educação estão a regulamentação da educação domiciliar, a proibição da abordagem de gênero, raça e sexualidade nas escolas, a promoção das escolas militarizadas e o apoio às propostas do movimento Escola sem Partido.
Felizmente, a população é menos conservadora e mais progressista do que alardeado por esses movimentos ultraconservadores. Esse foi um dos achados da pesquisa Educação, Valores e Direitos, coordenada pelo Cenpec e pela Ação Educativa, e realizada pelo Datafolha e pelo Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop/Unicamp) em março de 2022.
Divulgados em partes, os resultados da pesquisa nacional mostram que o nível de adesão a essas agendas excludentes é limitado e não se sustenta quando confrontado com situações cotidianas e familiares:
A pesquisa buscou compreender a percepção e a adesão da população frente a essas diversas agendas conservadoras na educação e entender quais as prioridades da sociedade relacionadas à melhoria da educação. A etapa qualitativa foi realizada com o Plano CDE e a quantitativa pelo Cesop/Unicamp e Instituto DataFolha.
Foram entrevistadas 2.090 pessoas de 16 anos ou mais de 130 municípios, sendo a margem de erro máxima de 2 pontos percentuais dentro do nível de confiança de 95%.
Como macro-temas, foram investigados: